Trilogia Phoenix Wright

Quem disse que tribunais são lugares chatos?
Na televisão é bastante comum vermos seriados e filmes com a temática dos tribunais de justiça. Casos complexos que parecem não ter soluções são devidamente destrinchados por advogados, policiais, detetives, especialistas e testemunhas. Podemos citar séries antigas como Ally McBeal e The Practice, mas ainda existem séries como The Good Wife que não deixam o gênero morrer.
Já nos jogos este nunca foi um tema recorrente. Bem, isso até a Capcom lançar aquele que serve como inspiração para qualquer outro game jurídico que ainda venha a sair, a saga Phoenix Wright. Aqui você vai encontrar tudo o que precisa saber sobre advocacia videogamística: seus pontos fortes, fracos e um pouco sobre cada game da trilogia.


HOLD IT!
Os capítulos da série podem ser resumidos a um grande tribunal, estranhas testemunhas, advogados ferozes, um juiz atrapalhado e um réu que provavelmente é inocente. Você entra no papel do advogado de defesa com um dos nomes mais bacanas que já vi na vida e que dá nome à franquia: Phoenix Wright. Seu objetivo é resolver o crime indagando testemunhas (que geralmente ou estão enganadas, ou estão mentindo) até que elas entrem em contradição e mostrando evidências que podem ser encontradas no local do crime - e assim salvar a pele de seu cliente. Ao seu lado sempre estará alguém que será de grandiosa ajuda no decorrer de cada caso, com dicas que podem te dar aquela luz quando tudo parece estar acabado.
Apesar desta premissa permanecer a mesma em toda trilogia, cada tribunal possui clima e trama diferentes, o que traz um ar de novidade. As histórias são envolventes e muito bacanas. Quando você consegue achar a contradição no testemunho de alguém, vem aquela sensação de “YEAH, eu sou booooooooom! Toma essa!”.

OBJECTION!
Eu sou um verdadeiro fã da série, mas é fato que ela possui lá seus probleminhas. Nos momentos onde sua investigação fica estagnada, é só sair usando todos os itens da sua lista de evidencias em todos os locais e pessoas disponíveis até descobrir, por tentativa e erro, o que realmente deveria ter feito. Também podemos descartear a parte sonora do game, recheada de músicas que beiram o tédio; e se o jogador desconhecer a língua inglesa, toda a série se torna "injogável".
Além dos momentos de frustração quando o jogador comete algum simples erro quase na conclusão algum caso e é obrigado a refazer tudo o que já havia resolvido. Por isso, toda a sua atenção é necessária ao jogar o game.

TAKE THAT!
Nenhuma das imperfeições listadas acima chegam a estragar o principal ponto positivo da série Phoenix Wright: seu enredo. Cada game possui cerca de cinco casos que giram entorno de um só arco, que se reflete no episódio inteiro. Isso é bem legal, pois traz aquele feeling de se estar a participar de forma ativa dentro da história proposta.
Com isso em mente, vamos conhecer um pouco dos arcos que envolvem a trilogia:
- Phoenix Wright: Ace Attorney - lançado em 2001 para GBA / 2005 para DS
O arco do primeiro game aborda o primeiro julgamento do recém-advogado Phoenix Wright, em seus primeiros casos na carreira. Além disso, o enredo fala do passado das irmãs Mia e Maya Fey e o caso inacabado em que se meteram. É também neste episódio que conhecemos Miles Edgeworth, um amigo de infância de Phoenix que se tornou um poderoso advogado de acusação (e seu rival nos tribunais). Assim, aqui todo o elenco principal é reunido pela primeira vez.

- Phoenix Wright: Justice for All - lançado em 2007 para DS
Cerca de um ano após os eventos do primeiro game, Maya Fey está de volta para ajudar Phoenix em novos casos. Todo o arco fala sobre a vida da ajudante Maya: cada julgamento se remete a algo relacionado a garota de kimono roxo. A intenção é mostrar a importância da personagem na para o advogado de defesa que protagoniza a trilogia.



- Phoenix Wright: Trials and Tribulations - lançado em 2007 para DS
Este é o game que contém as histórias mais intimistas de toda a série. Sua progressão é seguimentada: jogamos com Mia Fey em casos do passado, com o próprio Phoenix em casos atuais e até mesmo com Miles Edgeworth no último tribunal. A intenção é fechar todas as histórias das famílias Fey e Edgeworth, além do próprio advogado Phoenix Wright. O desfecho finaliza a trajetória do defensor com o cabelo mais legal de todos de modo emocionante e recompensador.

CASE CLOSED!
A série Phoenix Wright conseguiu trazer para os games um novo estilo bacana de se jogar, que exige do mais do que a habilidade nos controles: boa leitura, percepção aguçada, utilização da lógica e muita concentração são excenciais para quem quiser concluir essa trilogia jurídica. Com este fator, o game conseguiu entrar na minha lista dos melhores do portátil de tela dupla da Nintendo. Não posso esquecer de avisar que a trilogia inteira também pode ser encontrada para download no serviço WiiWare, do Nintendo Wii.

Noticia retirada do nintendoworld.com


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