The Legend of Zelda: Skyward Sword [Analise 2011 - Dezembro]

Qual o segredo para fazer com que uma série continue sendo sucesso 25 anos após seu lançamento? Com The Legend of Zelda: Skyward Sword, a Nintendo responde a essa pergunta ao mesmo tempo em que traz um dos melhores e mais bonitos games já lançados para Wii.


Para isso, a companhia não abriu mão de fazer aquilo que faz de melhor: reinventa uma de suas principais franquias enquanto mantém algumas características intocadas, o que torna a aventura perfeita para novatos e velhos fãs do herói de orelhas pontudas. Afinal, de que outra forma viveríamos o mesmo conto de fadas por mais de duas décadas?


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PONTOS POSITIVOS

Uma nova forma de empunhar sua espada
Quando a Nintendo relançou Twilight Princess para Wii, os apaixonados pela série se empolgaram com a ideia de transformar o Wii Remote em uma espada. Porém, o game não conseguiu proporcionar a imersão prometida exatamente por conta da pouca precisão do joystick.

Contudo, a “Big N” fez a lição de casa e, com o auxílio do Wii Motion Plus, a empresa conseguiu trazer a The Legend of Zelda: Skyward Sword aquilo que não conseguiu há alguns anos. O acessório eleva a resposta do controle a um novo nível, o que torna a movimentação de sua arma muito mais natural e intuitiva.

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Em termos práticos, a novidade faz com que Link reproduza o ataque feito pelo jogador com perfeição. Os golpes variam entre horizontais, verticais, diagonais e de estocada, dependendo da forma com que o usuário balança seu braço. O mais interessante é que o console capta até mesmo a direção do ataque, o que permite a criação de algumas estratégias diferenciadas, como usar a espada de baixo para cima para virar um Skulltula de ponta-cabeça.

Porém, a obrigatoriedade do Wii Motion Plus não significaria nada se não existisse uma razão para isso. Ao contrário do que acontece com os The Legend of Zelda anteriores, Skyward Sword faz com que o jogador pense antes de partir para a briga, já que é preciso conhecer os pontos fracos dos adversários para realizar o melhor movimento.

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Exemplo disso são as Deku Babas, plantas carnívoras encontradas por todo o game. Se antes bastava acertá-las no momento certo, agora é necessário realizar um corte no mesmo sentido de sua boca, ou seja, vertical ou horizontalmente. Outros monstros, como os Bokoblin e alguns chefes, identificam a posição de sua espada e usam isso para criar uma defesa.

Arte para ver e ouvir
Como dito anteriormente, The Legend of Zelda: Skyward Sword chama a atenção por conta de seu belo visual. Apesar da limitação técnica do Wii, o game consegue estar entre os jogos mais bonitos desta geração e enche os olhos de qualquer jogador. Tudo é muito colorido e cheio de detalhes, o que faz com que cada momento seja único.

Nesse ponto, o destaque fica para Skyloft, a ilha flutuante localizada sobre as nuvens e cidade-natal dos protagonistas. Apesar de sua geografia simples, a direção artística do local faz com que você ignore a baixa resolução do console e abra aquele sorriso de satisfação a todo o instante. Chega a ser um pecado esse belíssimo mundo não estar em alta definição.

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A modelagem dos personagens é outro ponto a ser ressaltado. O estilo adotado em Skyward Sword mescla o que há de melhor nos jogos anteriores, unindo a sobriedade de Twilight Princess com elementos mais soltos de Wind Waker.

Por fim, temos uma trilha sonora inspirada e que ajuda a construir o clima épico da história. Ao misturar acordes clássicos com melodias inéditas, temos uma série de canções que cativam ainda mais o jogador e fazem com que ele mergulhe nessa grande viagem.

Uma lenda que sempre se renova
Um dos grandes segredos da série The Legend of Zelda ao longo desses 25 anos é fazer com que a mesma história seja contada diversas vezes, mas sempre com um clima diferente. Por mais de cinco gerações, acompanhamos a história de um herói na tentativa de resgatar sua princesa ao mesmo tempo em que impede o fim do mundo. Então, por que nunca nos cansamos disso?

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Skyward Sword exemplifica muito bem essa questão. A Nintendo sabe como reinventar sua narrativa, mas sem descaracterizá-la. Isso significa que ainda tentaremos resgatar a moça de um perigo gigantesco, porém ela não é mais uma princesa, mas uma simples garota e amiga de infância do protagonista.

Essa mudança pode parecer banal, mas consegue dar uma nova dinâmica à narrativa. Ao colocar Zelda e Link lado a lado, temos um relacionamento muito mais próximo e real, o que torna tudo mais profundo e envolvente. As motivações para ir buscá-la no mundo abaixo das nuvens são muito mais plausíveis e verdadeiras.

Elementos inéditos e clássicos
Em termos de jogabilidade, The Legend of Zelda: Skyward Sword também se renova. Vários recursos que não existiam em aventuras anteriores estão presentes e ajudam o jogador em diversos momentos.

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Exemplo disso é o fato de que Link agora é capaz de correr. Além de agilizar a exploração do cenário, isso permite que o personagem escale pequenas alturas com mais facilidade e crie uma nova gama de possibilidades. Poder marcar locais em seu mapa e aprimorar seus equipamentos são outras estreias bem-vindas.

Como não poderia deixar de ser, temos um jogo altamente desafiador. Os característicos templos estão de volta e tão complexos quanto nunca. Com designs criativos e bem variados, é preciso ir e voltar diversas vezes pelos estreitos corredores até saber o que deve ser feito.


PONTOS NEGATIVOS

Para onde eu olho?
Apesar de ser um dos melhores games do Wii, Skyward Sword não consegue ser perfeito. Seu principal problema é a falta de um controle de câmeras, o que acaba criando algumas confusões ao longo da aventura.

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Para ter o mínimo de autonomia sobre a perspectiva, uma solução é usar o botão Z. No entanto, ele é utilizado para focar sua mira em um inimigo, o que faz com que você se perca quando há um adversário por perto. Além disso, esse método não é tão preciso e, em muitos momentos, você salta em direção a um precipício quando pretendia se agarrar em uma corda logo ao lado.

Observar e atacar
Ainda que as criaturas de Hyrule consigam identificar a posição de sua arma para criar uma estratégia de defesa, isso não significa que a inteligência artificial seja o grande ponto do novo Zelda. Essa resposta é muito mecânica e previsível, fazendo com que o desafio não seja nada grandioso.

Desse modo, temos um simples método de identificação de padrões. Ao se deparar com uma ameaça, você estuda seus movimentos e cria uma tática de ataque básica e pouco criativa. Isso pode parecer interessante em um primeiro momento, mas é facilmente assimilado em seguida.

NOTA: 9,8

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