Em 2008, o Wii recebeu uma versão do belíssimo action-adventure Okami, que saiu originalmente para PlayStation 2. O console da Nintendo parecia a plataforma ideal para o título, cuja principal mecânica de jogo é o Celestial Brush, que requer que o jogador use o controle como um pincel para lutar e alterar o mundo ao seu redor. No entanto, Okami teve no Wii o mesmo desempenho que tivera no console da Sony: foi sucesso de crítica mas as vendas foram modestas. Apesar da aparente falta de justificativa comercial para uma continuação, em 2009 a Famitsu revelou que Okami ganharia uma sequência para Nintendo DS.
Okamiden se passa nove meses após os eventos do jogo original. Um novo mal se alastra pela terra de Nippon, um mundo que remete ao Japão de tempos remotos, povoado por criaturas saídas de mitos e lendas xintoístas. Sakuya, uma espécie de espírito da floresta, tenta invocar novamente Amaterasu, a Deusa do Sol e protagonista de Okami, para lutar contra os poderes das trevas. Qual não é a sua surpresa quando quem aparece não é a grande loba branca e sim seu filhote, Chibiterasu (ainda não há confirmação se é um “ele” ou uma “ela”). Mesmo possuindo muitas das habilidades da mãe, Chibi ainda é uma criança e, portanto, contará com a ajuda de parceiros igualmente jovens em sua jornada.
A jogabilidade de Okamiden será bastante parecida com a de Okami e obviamente usaremos a stylus como Pincel Celestial, que possui aqui uma precisão bem maior que no Wii. Segurar L ou R faz com que a imagem da tela de cima, que é onde acontece a ação, desça para a tela de toque (que normalmente mostra o mapa) e ganha um aspecto de pergaminho. É aí que se pode interagir com o ambiente desenhando linhas: os poderes do Celestial Brush vão desde reviver uma árvore seca até reconstruir uma ponte e, especialmente, atacar inimigos depois de deixá-los vulneráveis com golpes corpo a corpo. Para aprender novas técnicas com o pincel, é preciso visitar cidades espalhadas por Nippon. Um detalhe interessante é que, dependendo de quanto tempo se pressiona a caneta, um traço mais fino ou mais grosso é criado, dando a sensação de que realmente estamos pintando.
O grande diferencial do novo jogo será o sistema de parceiros. Chibiterasu conhecerá crianças com poderes especiais que o ajudarão de diversas maneiras. Ao longo de sua jornada, ele se juntará a Kuni, filho de Susano e Kushi (personagens importantes de Okami); Nanami, uma jovem sereia que ajudará Chibi nas fases de água, já que ele não sabe nadar; Kagu, famosa atriz mirim que enxerga espíritos; Kurow, um garoto loiro que usa sua flauta para causar danos nos monstros e Manpuku, um menino gordinho que tem o cabelo literalmente pegando fogo. Normalmente, o lobinho serve de montaria para o amigo (nem sempre) humano, que o auxilia com suas habilidade únicas, tanto na batalha quanto fora dela. Há também partes da aventura em que o companheiro de Chibiterasu terá de ser controlado separadamente pelo jogador (traçando o caminho a ser percorrido pelo parceiro com a stylus) para acessar áreas em que o lobo não consegue chegar e assim resolver puzzles.
Já se sabe que só um parceiro estará disponível em cada parte do jogo. Ou seja, não há a opção de trocar livremente entre os ajudantes de Chibi. Teremos que aprender a conhecer novos amigos e dizer adeus aos que seguem outros caminhos. Assim como o companheirismo, a separação também será um tema muito presente em Okamiden, como disse o diretor do jogo, que revelou também que haverá pelo menos uma morte de personagem importante que mexerá com a emoção do jogador.
Infelizmente, a característica mais marcante de Okami, os gráficos estonteantes inspirados em técnicas de pintura do Japão antigo, perde bastante a qualidade quando reduzida às telinhas do DS, mas ainda assim o jogo mantém sua elegância própria. O combate foi simplificado e o mundo do jogo é exatamente igual ao de Okami, mas há certas áreas que estarão permanentemente bloqueadas no jogo de DS, tornando o mapa bem menor. A única coisa cuja diminuição em relação ao original não podemos reclamar é o personagem principal, pois não há como não achar o lobinho Chibiterasu no mínimo adorável (e no máximo extremamente fofo), a menos que você seja a menina que afoga filhotinhos no lago.
O que parece um pouco estranho é o fato de o jogo não estar chegando no novo portátil da Nintendo e sim como um dos últimos sopros de vida do DS. A situação se torna quase um elefante branco (e preto) na sala quando somamos ao lançamento próximo do aguardadíssimo 3DS o monstruoso Pokémon Black & White. Esperamos que mesmo com toda essa competição de peso, a maldição que assola o mundo de Nippon não se traduza para a vida real e faça com que Okamiden tenha um desempenho fraco nas vendas como as duas versões de seu predecessor.
Maldições à parte, Okamiden é em sua essência o mesmo que Okami, embalado para DS. Mesmo sem contar com o impacto e grandiosidade do original, com certeza esse será um daqueles jogos dos quais vale a pena ter uma cópia para chamar de sua e deve agradar tanto aos fãs do original quanto à enorme quantidade de pessoas que nunca ouviu falar dessa pérola esquecida. Okamiden foi lançado no Japão em setembro de 2010 (com direito até a edição de colecionador cheia de extras) e chega às Américas dia 15 de março de 2011. Se seu coração não for de pedra, aguarde para tê-lo derretido pelo lobinho branco Chibiterasu e seus amigos.
Parceiros, até que a vida nos separe
Okamiden se passa nove meses após os eventos do jogo original. Um novo mal se alastra pela terra de Nippon, um mundo que remete ao Japão de tempos remotos, povoado por criaturas saídas de mitos e lendas xintoístas. Sakuya, uma espécie de espírito da floresta, tenta invocar novamente Amaterasu, a Deusa do Sol e protagonista de Okami, para lutar contra os poderes das trevas. Qual não é a sua surpresa quando quem aparece não é a grande loba branca e sim seu filhote, Chibiterasu (ainda não há confirmação se é um “ele” ou uma “ela”). Mesmo possuindo muitas das habilidades da mãe, Chibi ainda é uma criança e, portanto, contará com a ajuda de parceiros igualmente jovens em sua jornada.
A jogabilidade de Okamiden será bastante parecida com a de Okami e obviamente usaremos a stylus como Pincel Celestial, que possui aqui uma precisão bem maior que no Wii. Segurar L ou R faz com que a imagem da tela de cima, que é onde acontece a ação, desça para a tela de toque (que normalmente mostra o mapa) e ganha um aspecto de pergaminho. É aí que se pode interagir com o ambiente desenhando linhas: os poderes do Celestial Brush vão desde reviver uma árvore seca até reconstruir uma ponte e, especialmente, atacar inimigos depois de deixá-los vulneráveis com golpes corpo a corpo. Para aprender novas técnicas com o pincel, é preciso visitar cidades espalhadas por Nippon. Um detalhe interessante é que, dependendo de quanto tempo se pressiona a caneta, um traço mais fino ou mais grosso é criado, dando a sensação de que realmente estamos pintando.
O grande diferencial do novo jogo será o sistema de parceiros. Chibiterasu conhecerá crianças com poderes especiais que o ajudarão de diversas maneiras. Ao longo de sua jornada, ele se juntará a Kuni, filho de Susano e Kushi (personagens importantes de Okami); Nanami, uma jovem sereia que ajudará Chibi nas fases de água, já que ele não sabe nadar; Kagu, famosa atriz mirim que enxerga espíritos; Kurow, um garoto loiro que usa sua flauta para causar danos nos monstros e Manpuku, um menino gordinho que tem o cabelo literalmente pegando fogo. Normalmente, o lobinho serve de montaria para o amigo (nem sempre) humano, que o auxilia com suas habilidade únicas, tanto na batalha quanto fora dela. Há também partes da aventura em que o companheiro de Chibiterasu terá de ser controlado separadamente pelo jogador (traçando o caminho a ser percorrido pelo parceiro com a stylus) para acessar áreas em que o lobo não consegue chegar e assim resolver puzzles.
Já se sabe que só um parceiro estará disponível em cada parte do jogo. Ou seja, não há a opção de trocar livremente entre os ajudantes de Chibi. Teremos que aprender a conhecer novos amigos e dizer adeus aos que seguem outros caminhos. Assim como o companheirismo, a separação também será um tema muito presente em Okamiden, como disse o diretor do jogo, que revelou também que haverá pelo menos uma morte de personagem importante que mexerá com a emoção do jogador.
Aventura menor, fofura maior
Infelizmente, a característica mais marcante de Okami, os gráficos estonteantes inspirados em técnicas de pintura do Japão antigo, perde bastante a qualidade quando reduzida às telinhas do DS, mas ainda assim o jogo mantém sua elegância própria. O combate foi simplificado e o mundo do jogo é exatamente igual ao de Okami, mas há certas áreas que estarão permanentemente bloqueadas no jogo de DS, tornando o mapa bem menor. A única coisa cuja diminuição em relação ao original não podemos reclamar é o personagem principal, pois não há como não achar o lobinho Chibiterasu no mínimo adorável (e no máximo extremamente fofo), a menos que você seja a menina que afoga filhotinhos no lago.
O que parece um pouco estranho é o fato de o jogo não estar chegando no novo portátil da Nintendo e sim como um dos últimos sopros de vida do DS. A situação se torna quase um elefante branco (e preto) na sala quando somamos ao lançamento próximo do aguardadíssimo 3DS o monstruoso Pokémon Black & White. Esperamos que mesmo com toda essa competição de peso, a maldição que assola o mundo de Nippon não se traduza para a vida real e faça com que Okamiden tenha um desempenho fraco nas vendas como as duas versões de seu predecessor.
Maldições à parte, Okamiden é em sua essência o mesmo que Okami, embalado para DS. Mesmo sem contar com o impacto e grandiosidade do original, com certeza esse será um daqueles jogos dos quais vale a pena ter uma cópia para chamar de sua e deve agradar tanto aos fãs do original quanto à enorme quantidade de pessoas que nunca ouviu falar dessa pérola esquecida. Okamiden foi lançado no Japão em setembro de 2010 (com direito até a edição de colecionador cheia de extras) e chega às Américas dia 15 de março de 2011. Se seu coração não for de pedra, aguarde para tê-lo derretido pelo lobinho branco Chibiterasu e seus amigos.
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